Nenhum tempo é suficiente
o facho de luz verde/vermelho
senvergonhamente lê espaços
escala linhas verticais
escaneia do topo ao sopé
horizontal lente
integra indistintamente números e letras
páginas e rótulos
é soberano
não existe leitura igual
nem sentimentos desprezíveis
sequer expressões do tipo
já conheço!
são únicos
demonstra surpresa no ato
quando desata os nós dos vocês
individualmente marca
registra a tatuagem − você
manifesta-se ao mundo por extensão
vértices vindo em algarismos
se zero ou um − binariamente não sei
xis, ípisilon ou zê de séries inimaginávies
em vademecuns perdidos talvez
mas você é código
(inviolável)
ser código é até plausível
puras exclamações
barra é ser poeta
Sérgio Gerônimo, in Código de barras, Oficina Editores, Rio/RJ, 2007
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