segunda-feira, 2 de agosto de 2010

PROJETO ESTRADA 55 – PRODUÇÃO DE RICARDO LOUREIRO, 30/07/2010, às 18h, TEATRO MUNICIPAL CAFÉ PEQUENO – LEBLON/RJ.

A noite dos deuses
A Noite, Deusa das Trevas, filha do Chaos é a mais antiga divindade. Para os poetas é considerada como filha do Céu e da Terra, para Hesíodo, mãe dos Deuses, pois procede de todas as coisas.
Foi com a Deusa das trevas, numa sexta-feira que os ORÁCULOS apresentaram-se. No desejo de conhecer o futuro e de saber a vontade dos Deuses, fez-se Sérgio Gerônimo e as pitonisas Eurídice Hespanhol, Ilka Jardim e Messody Benoliel divulgarem, através de versos precisos e fortes, as profecias.
As Pythias, sacerdotisas sentadas sobre a trípode acima do abismo de onde brotavam as pretensas exalações proféticas, divulgavam ao Oráculo as profecias mais importantes através de poemas.
A Noite foi de deuses e deusas. “Com raios e trovões” Zeus se fez presente na voz de Sérgio Gerônimo. As Pithonisas logo se pronunciavam no brado inconfundível de Messody, mostrando sua identidade – “Eu sou assim, coberta de incerteza / Paradoxalmente incontrolável”.
Athena e Hera emocionavam com a força de “Poema de Amor” de Eurídice Hespanhol que invadia nossos corpos com suaves ternuras.

Afrodite procurava incansavelmente o "Gato Fujão" da Ilka Jardim que de olhos verdes, miava em seus ouvidos.

Apolo, sedutor, na sua carruagem “em cores ardor cintilantes”, com suas mãos, "adelgaçava" a cintura das Musas e dizia, ao pé do ouvido, “Tu me amas!” já que, esperto, sabe que "a vida é tão curta".
Hades e Baco diluíram em “sacro delírio” porque o ritual “emerge sua láurea e pulsava embriagado todo orgasmo”.
A lira e clarins, uma sinfonia melodiosa, realizou-se na voz inconfundível de Sandra Grego. Ao som da guitarra bailavam os faunos, musas, uma orgia de bandoleiros com seus cavalos alados.
Assim se fez uma noite imperdível. E pela primeira vez prestei atenção em mim e minha sensibilidade fez-me escrever em batom as linhas desse texto.
Será que falei Grego?

Mozart Carvalho

2 comentários:

  1. Querido Sérgio Gerônimo, sem você, o Rio fica sem sabor. Deve ser um encanto morar na Cidade Maravilhosa e seguir sua inquietude artística tão completa, rica e profunda. Meu abraço.

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  2. Oi, Sérgio, quando eu crescer quero ser como você! Talentoso, dedicado, de movimento construtivo para o bem e para o belo, com olhos invejáveis para o afeto e aptidão para a parceria na nobre missão de fazer arte!

    Um grande beijo para você e para os participantes da noite dos deuses.
    Vera Versiani.

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